terça-feira, 10 de agosto de 2010

Livre Arbítrio

Você se interessou pelo tema e por isso, resolveu clicar e dar uma lida. Certo? Errado! Muito antes de você tomar essa decisão, a sua mente já havia resolvido tudo sozinha – e sem lhe avisar. Uma experiência feita no Centro Bernstein de Neurociência Computacional, em Berlim, colocou em xeque o que costumamos chamar de livre-arbítrio: a capacidade que o homem tem de tomar decisões por conta própria. As escolhas que fazemos na vida são mesmo nossas. Mas não são conscientes. Voluntários foram colocados em frente a uma tela na qual era exibida uma seqüência aleatória de letras. Eles deveriam escolher uma letra e apertar um botão quando ela aparecesse. Simples, não? Acontece que, monitorando o cérebro dos voluntários via ressonância magnética, os cientistas chegaram a uma descoberta impressionante. Dez segundos antes de os voluntários resolverem apertar o botão, sinais elétricos correspondentes a essa decisão apareciam nos córtices frontopolar e medial, as regiões do cérebro que controlam a tomada de decisões. “Nos casos em que as pessoas podem tomar decisões em seu próprio ritmo e tempo, o cérebro parece decidir antes da consciência”, afirma o cientista John Dylan-Haynes. Isso porque a consciência é apenas uma “parte” do cérebro – e, como a experiência provou, outros processos cerebrais que tomam decisões antes dela. Agora os cientistas querem aumentar a complexidade do teste, para saber se, em situações mais complexas, o cérebro também manda nas pessoas. “Não se sabe em que grau isso se mantém para todos os tipos de escolha e de ação”, diz Haynes. “Ainda temos muito mais pesquisas para fazer.” Se o cérebro deles deixar, é claro.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Matrix: Loucura ou Realidade?

E você pensando que era apenas um filme?
Há oito anos, os cientistas do experimento GEO600, instalado na Alemanha, vêm procurando por ondas gravitacionais. Eles ainda não encontraram nenhuma, mas podem ter feito, por acaso, uma das maiores descobertas da física nos últimos 50 anos.
As ondas gravitacionais, previstas por Einstein, são oscilações no tecido do espaço-tempo causadas por objetos astronômicos superdensos, como estrelas de nêutrons ou buracos negros. Na incessante busca por essas ondas, os cientistas do GEO600 depararam-se com um efeito inexplicável: uma espécie de ruído captado continuamente pelo seu gigantesco detector, que mergulha a cerca de 600 metros de profundidade terra adentro.
Agora, Craig Hogan e seus colegas acreditam ter encontrado a explicação para esse ruído. "Parece que o GEO600 está sendo atingido pelas convulsões quânticas microscópicas do espaço-tempo," diz ele.
Segundo os pesquisadores, eles podem ter se deparado com os limites fundamentais do espaço-tempo - o ponto onde o espaço-tempo deixa de se comportar como o suave contínuo descrito por Einstein, e se transforma em "grânulos", da mesma forma que uma foto em um jornal se dissolve em pontos de tinta à medida que se faz um zoom sobre ela. E sabe o que isso quer dizer? Observe o que Hogan diz: "Se o resultado do GEO600 é o que nós suspeitamos que seja, então nós estamos todos vivendo em um gigantesco holograma cósmico," A ideia de que vivemos em um holograma pode parecer absurda inicialmente, mas ela é uma extensão natural das atuais teorias sobre os buracos negros e dos nossos melhores entendimentos sobre a estrutura do cosmos.
Ou seja, ela está de acordo com as teorias da física aceitas por virtualmente toda a comunidade científica. Na verdade, essa idéia de um universo holográfico foi sugerida ainda nos anos 1990, por Leonard Susskind e Gerard't Hooft.
Nos anos 1970, Stephen Hawking demonstrou que os buracos negros não eram realmente negros, podendo emitir uma radiação que, ao longo de eras, poderia fazê-los evaporar inteiramente e desaparecer.
O problema é que a radiação de Hawking não carregaria nenhuma informação sobre o buraco negro e, quando ele finalmente evaporasse por inteiro, toda a informação sobre a estrela que colapsou para formá-lo estaria irremediavelmente perdida.
Isso contraria o princípio largamente aceito de que a informação nunca pode ser destruída.
Jacob Bekenstein logo propôs uma solução para esse paradoxo da informação dos buracos negros. Segundo ele, a entropia do buraco negro - que pode ser entendida como o conteúdo de informações do buraco negro - é proporcional à área superficial do seu horizonte de eventos, uma espécie de fronteira imaginária, além da qual nada escapa à gravidade do buraco negro.
Trabalhos teóricos posteriores demonstraram que ondas quânticas microscópicas poderiam codificar as informações do interior do buraco negro na superfície bidimensional de seu horizonte de eventos.
Estava então aberto o caminho para a idéia de um universo holográfico, uma vez que toda a informação tridimensional da estrela precursora do buraco negro poderia estar registrada em uma espécie de holograma 2D.
Para propor um universo holográfico, Leonard Susskind e Gerard't Hooft estenderam esse princípio para todo o Universo.
Desta forma, toda a informação contida no Universo, inclusive os raciocínios que você está desenvolvendo ao ler este post, estariam codificadas bidimensionalmente na esfera imaginária que circunda nosso Universo.
Exatamente como o holograma encontrado no seu cartão de crédito, podendo mostrar a informação tridimensional completa - seus raciocínios, inclusive - a partir de um desenho 2D.
Para que a teoria seja verdadeira, a esfera imaginária que representa a fronteira final do nosso Universo deve conter uma espécie de "pixels cósmicos," pequenos quadrados, cada um dos quais contendo um bit de informação.
São esses pixels cósmicos que Hogan acredita que o experimento GEO600 está registrando. É importante perceber que o cientista não afirma que o ruído seja uma "evidência" de que vivamos em um Universo holográfico. O ruído pode ser só ruído mesmo, de uma fonte interna do experimento ainda não localizada.
O que Hogan afirma com todas as letras é: a proposta de um Universo holográfico está de acordo com todas as atuais teorias da física e o ruído captado pelo GEO600 faz sentido como uma explicação dos bits de informação bidimensional gravados na esfera imaginária que nos envolve.
Ao final, olhar para os dados com outra perspectiva pode ser uma mera questão de mudar o holograma de posição e passar a ver outra imagem.
Se engana quem pensa que essa idéia é recente. Na verdade ela foi criada faz tempo. Já em fins dos anos 60, o alemão Konrad Zuse sugeria que todo o Universo estaria tendo lugar nas entranhas lógicas de um computador. Zuse não era um maluco qualquer: ele construiu os primeiros computadores eletromecânicos programáveis do mundo, desenvolveu a primeira linguagem de computador de alto-nível, e, entre tantas outras coisas, criou o primeiro programa de xadrez em um computador. O que não deixa de ser curioso, dada a metáfora do naturalista do século XIX Thomas Huxley que introduz este artigo.
A sugestão de Zuse fazia referência ao tipo de computador em particular que estaria ‘rodando’ nosso Universo, denominado autômato celular. O conceito deste tipo de computador foi criado por outro grande pioneiro, o matemático húngaro John von Neumann, nos anos 40 – a propósito, como uma base da idéia de sistemas lógicos que fossem auto-reprodutores e que imitassem assim a própria vida.
Para entender basicamente o que são autômatos celulares, e eles são um tanto diferentes do computador a que estamos acostumados, começamos com a metáfora de xadrez de Huxley. Jogue fora as peças, e fique apenas com o tabuleiro. Cada casa do tabuleiro é uma célula, e cada uma destas células pode ser branca ou preta. Agora, a cor destas células não depende mais do padrão monótono e fixo do xadrez, mas pode mudar de acordo com regras simples implementadas dentro de cada uma delas. Estas regras são executadas em todas as células simultaneamente, toda vez que um relógio bate. O tabuleiro é agora um autômato celular.
Cada célula deste autômato pode, por exemplo, ter o seguinte conjunto de regras: se houver três células imediatamente vizinhas brancas, ela deve ficar ou continuar branca. Se houver duas células vizinhas brancas, sua cor não deve mudar. Se houver menos de duas ou mais de três vizinhas brancas, deve ficar ou continuar preta. E isso é tudo. Se você leu essas regras, o que deve ter sido um tanto chato, pelo menos deve ter percebido que elas são muito simples. Mas a partir delas, executadas em cada célula de nosso autômato, uma ordem incrível de complexidade pode surgir.
Isso foi demonstrado de forma bela por um programa de computador que se tornou uma febre nos anos 70: o Game of Life de John Conway. Usando exatamente as regras descritas acima, cada célula branca estava ‘viva’, e as pretas, ‘mortas’. Em uma época que hoje já parece remota, onde o tempo dos computadores era caríssimo, horas e horas foram gastas por pesquisadores fascinados observando como uma ordem inesperada surgia: quadrados piscando, triângulos andando e flechas zunindo, tudo em padrões complexos mudando, a cada batida do relógio.
E resulta que mesmo um autômato celular de regras simples como o Game of Life de Conway pode funcionar como um computador universal: isto é, representando informação como células brancas ou pretas, e dispondo diversas outras células de forma determinada, este simples jogo de computador pode em tese simular qualquer computador imaginável, dando seus resultados como um determinado padrão de células.
A capacidade de computação universal de autômatos celulares simples nos leva de volta às especulações de que o Universo seja um computador. Essa especulação fantástica deriva essencialmente de uma suposição: a de que o Universo seja discreto, em outras palavras, que seja em essência digital.
O mundo pode parecer contínuo, analógico em muitos aspectos: basta olhar para o arco-íris que parece variar suas cores continuamente. Mas apenas parece: a luz é composta de partículas discretas chamadas fótons. No mundo do infinitamente pequeno, regido pelas leis da física quântica, o infinitamente pequeno pode simplesmente não existir: as ações se dariam em pacotes, de forma discreta, em quanta. Até mesmo o tempo e o espaço não seriam contínuos: existiria uma quantidade mínima de tempo e espaço passível de ser medida, e possivelmente, de acontecer em nosso Universo. E um Universo em que tempo e espaço ocorrem aos pulsos é justamente o universo dos autômatos celulares.
O padrão de pigmentação em conchas pode ser reproduzido por autômatos celulares com regras definidas. Para Wolfram, isto evidencia processos de computação já ocorrendo na natureza.
“Nossa tese é de que algum modelo de autômato celular pode, em efeito, ser programado para funcionar como a Física [do Universo]”, diz Edward Fredkin, da Universidade de Boston. Fredkin já foi diretor do laboratório de ciência de computação do M.I.T., e tem sido um dos mais notáveis promotores do Universo como um computador. Sua ‘Mecânica Digital’ explicaria mesmo os mais incompreensíveis aspectos da mecânica quântica.
Contudo, o mais novo e ardoroso defensor desta abordagem é Stephen Wolfram, criador de um dos mais usados softwares de computação técnica do mundo. Wolfram ficou milionário, e dedicou os últimos anos a uma busca obstinada – e em grande parte obscura – para demonstrar que autômatos celulares podem responder por toda a complexidade que enxergamos no mundo.
No ano passado, Wolfram finalmente lançou o livro A New Kind of Science (Um Novo Tipo de Ciência), um tomo volumoso repleto de gravuras, complementado por programas de computador de demonstração. Tornou-se brevemente um best-seller, um feito notável considerando as mais de 1.000 páginas e o tema hermético, mas não agradou muito à comunidade científica. Wolfram é acusado de não reconhecer plenamente o trabalho de outros cientistas nas teorias e idéias que expõe, de não apresentar idéias realmente novas, além de tentar levar todas elas longe demais sem a base necessária. “Não é novo, e não é ciência”, escreveu o crítico David Drysdale.
O livro de Wolfram e, é claro, o filme Matrix, divulgam cada vez mais a idéia de que o Universo seja um computador. Por trás dessa divulgação ampla, os seus criadores, de Zuse a Fredkin, ofereceram uma hipótese séria e tantalizante. Talvez, perguntar ‘o que é Matrix?’ seja no final das contas a mesma pergunta fundamental feita pela ciência: o que é o Universo?

Fonte: Ceticismo Aberto

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Nostalgia Pt 2

Pois bem, não sei ao certo se é por causa da recente chegada de minha fase adulta, ou por saber que o passado não vai voltar de jeito nenhum, e não me adianta choramingar por causa da infância que ficou pra trás, mas eu ando muito nostálgico ultimamente. Volta e meia me surpreendo discutindo com meus amigos MSNísticos sobre os “bons tempos” que deixamos pra trás.

Velhos tempos em que não precisávamos pagar contas, nem impostos, ou até mesmo aluguel, e também nem tínhamos que ocupar nossa cabeça com a constante aflição de decidir uma carreira a seguir, ou de se preparar pra comprar o primeiro carro, ou então de se preocupar patologicamente em se tornar uma pessoa bem sucedida; velhos tempos em que nossa obrigação primordial era apresentar boas notas no colégio.

Como sinto saudade daqueles tempo quando nossas únicas preocupações eram achar uma revista com cheat codes pra Duke Nukem 3D e chegar em casa a tempo de assistir o finzinho de Carrossel (pra quem estudava de tarde, como eu)! Minha mãe não mentiu pra mim - a infância realmente acaba quando menos se espera. Quando eu era mais novo minha mãe vivia me alertando a respeito de aproveitar bastante a infância. Assim como pilhas AAA, meias sociais e algodão doce, a sua infância desaparece quando você mais precisa dela. Eu não prestei muita atenção no que minha mãe dizia porque eu estava ocupado aproveitando a minha infância, mas a mensagem tem seu valor de qualquer forma.

Você aí, leitor de dezesseis anos de idade, sem dinheiro, possivelmente virgem, e absolutamente desesperado com a certeza de que não passará no vestibular numa faculdade federal e que apanhará em casa quando chegar no dia seguinte tentando convencer os pais que cursar uma faculdade particular é uma idéia melhor - estou falando contigo.

Olhe em sua volta. Essa casa confortável em que você mora? O dia chegará em que esse conforto te custará esforço e dinheiro, e o estado de conservação e organização dela ficará por sua conta. Sua comidinha sempre posta na mesa no momento que o relógio da sala bate o meio dia? Bem, espero que você goste de nissen miojo, porque é isso que você comerá por alguns meses quando sair de casa pra tocar a vida por conta própria. Essa internet que você se acostumou a usar com uma frequência diária que a “minha geração” (discadona 56kbps na veia) só podia sonhar a respeito? Ela não é grátis. Aliás, ela é substanciosamente cara. Aproveite enquanto dá, porque esse free ride vai acabar um dia. Confie em mim.

Ai meu deus do céu, eu tenho muita saudade de ser criança, puta que pariu.

Mas isso não significa que as lembranças dos tempos dourados estão eternamente relegadas ao pretérito perfeito. Pelo contrário - é justamente essa choradeira papo-de-velho que faz as experiências infantis parecerem muito mais gloriosas do que realmente eram. E por causa disso irei neste texto relembrar relíquias do passado que alguns de nós compartilhamos, e alguns de vocês jamais terão o excelentíssimo prazer de não apenas ganhar de Natal, mas de trazê-lo pra escola sob risco de confiscamento por professores fascistas pra provocar admiração e inveja nos amiguinhos escolares. Acompanhem-me por mais essa viagem pela minha incrivelmente desinteressante infância!





































quarta-feira, 6 de maio de 2009

Nostalgia

Dizem que nostalgia é uma forma de escape, não muito diferente da literatura ou da cinefilia. Os sábios (e os auto-proclamados sábios, o que é bastante diferente) pregam que a nostalgia é um reflexo da sua falta de habilidade de encontrar felicidade na sua vida atual.

Supostamente, quando o sujeito é muito insatisfeito com a sua condição presente, a mente se apega a eras passadas, romantizando aquele período como se fosse o melhor da sua vida - a despeito do fato de que provavelmente não era.

Discordo desse prognóstico, porque eu me considero bastante satisfeito com a minha vida atual. Entretanto, se os intelectuais estiverem certos, eu devo ser MUITO infeliz, porque eu tenho saudade de MUITA coisa.

Tenho saudade da TV Colosso.

Tenho saudade de assistir programas e filmes em minha língua nativa.

Tenho saudade de estar inteirado a respeito da mídia nacional. Nomes de artistas novos e programação recente é uma incógnita pra mim.

Tenho saudade de poder andar na rua de bermuda, camiseta e chinelos durante qualquer mês do ano.

Tenho saudade de ter uma família bem definida.

Tenho saudade da época em que a inocência era tamanha que ouvir pela primeira vez a frase “Deus não existe” significou a quebra de um paradigma, quase um trauma.

Tenho saudade de quando “contas”, “aluguel” e “cartão de créditos” eram conceitos extremamente intangíveis.

Tenho saudade de ir à casa dos meus primos e passar a tarde inteira jogando games clássicos.

Tenho saudade daquelas tardes que eu passava com o pessoal do bairro na frente da locadora, conversando sobre videogames numa época em que o Playstation 1 era novidade totalmente fora do nosso alcance. Aqueles momentos galvanizaram minha personalidade nerd de hoje.

Tenho saudade de pedir alguns reais pra ir à banca de jornal e comprar revistas da Turma da Mônica, ou a revista Herói. Aliás, a revista Herói foi outra responsável pela minha nerdização.

Tenho saudade daquele tempo em que o máximo contato sexual que eu tinha experiência eram aquelas apertadinhas no bumbum das namoradinhas casuais, que eram sempre respondidos com um pronto tapa. Eram os melhores 0.35 segundos da minha vida naquela época.

Tenho saudade da época em que “fitas” eram sinônimo de “jogos”, uma prática que meu pai sempre corrigia com indignação. “Fita?! Como assim fita? Não há ‘fita’ alguma lá dentro! Fita é VHS, moleque.”. Eu mal sabia na época que estava sendo moldado pra me tornar um futuro nerd espertalhão arrogante também.

Tenho saudade de jogar bafo na escola, um esporte versátil cujas regras variavam de grupo pra grupo.

Tenho saudade de segurar o controle com a camisa, pra facilitar o deslize entre os botões.

Tenho saudade de chegar da escola, tirar o uniforme, me dirigir a minha preciosíssima gaveta de jogos, puxar um cartucho qualquer (quase sempre era Super Mario World, previsivelmente) e jogar literalmente o dia inteiro, um hábito que eu perdi há mais de uma década.

Tenho saudade daquele meu deslumbramento ao ver Super Mario World pela primeira vez; eu achava interessantíssima a noção de que as fases estavam organizadas de forma mais ou menos não-linear num “mundo virtual” em que você podia passear se quisesse. Aliás, eu passei horas andando pela Dinosaur Land.

Tenho saudade da época em que ser o irmão mais velho significava que o Controle 1 era minha posse vitalícia; ai do meu irmão se ele pensasse que podia jogar com o Mario ou com o Diddy Kong.

Tenho saudade dos antigos programas brasileiros de games, como o StarGame com sensacional Cristiano Gualda. Aliás, achei o cara no orkut há algum tempo, muito gente boa o sujeito.

Tenho saudade de correr pra pegar um caderninho quando ouvia a chamadinha do StarGames, pra anotar cheat codes que eu normalmente precisaria comprar revistas pra ter acesso.

Tenho saudade da época da desinformação, quando a falta da internet nos permitia inventar e proliferar inúmeras lendas sobre os nossos jogos favoritos.

Tenho saudade daqueles álbuns de figurinha bem underground, vendidos nas quitandinhas da esquina por um real, e que ofereciam prêmios bem fajutos pra quem os completasse.

Tenho saudade de esperar até meia noite pra conectar à internet, apesar de ter aula na manhã seguinte.

Tenho saudade do Super11, do iG, e de outros provedores dial-up grátis que surgiram em meados do ano 2000.

Tenho saudade do tempo que “baixar música na internet” era um conceito tão recente que apenas os true nerds conheciam.

Tenho saudade do Napster e a ausência da função de resume nas primeiras versões do programa, o que me presenteou com muitas músicas que acabavam pela metade.

Tenho saudade do GetRight, e do tempo em que um download a 8kbps merecia até um screenshot (salvo no Paint, em formato .bmp).

Tenho saudade daquela época quando eu tinha acabado de descobrir os emuladores, algo que BLEW MY FUCKING MIND. A idéia de que eu poderia jogar QUALQUER jogo de SNES no computador de graça foi provavelmente um dos pontos mais memoráveis de toda a minha infância.

Tenho saudade do meu antigo espírito empreendedor infantil, que me deu a idéia de vender ROMs de SNES em disquetes por 5 reais durante o recreio. E COMO vendeu, rapaz.

Tenho saudade do tempo em que conectar à internet num dia que não fosse sábado (após às duas da tarde) ou domingo significava aquele medão da mãe precisar usar o telefone e descobrir sua traquinagem.

Tenho saudade daqueles malucos que vendiam CDs lotados com programas e jogos pirateados. Eu comprei um que trazia jogos que eram lançamentos da época - Age of Empires, Delta Force, Outlaws e Grande Theft Auto.

Tenho saudade de disquetes de 1.44mb, e da época que apenas ROMs de SNES que cabiam neles tinham a chance de se popularizar na escola.

Tenho MUITÍSSIMA saudade das Revistas do CD ROM, daquela interface bem cafona que variava todo mês, e dos inúmeros copycats que surgiram em seguia - CD Expert, Globo CD, Max Games, etc.

Tenho saudade dos jogos que vinham com os KITS MULTIMÍDIA, um meio de distribuição de games que deu a muitos da minha geração a chance de conhecer clássicos point and click da Lucasarts.

Tenho saudade das homepages, e suas descrições que sempre incluiam “…downloads, muitas taglines, vários papéis de parede e muitas ROMs de Super Nintendo. Assine o guest book!”.

Tanto eu quanto os leitores cujos olhos se encheram de lágrimas ao ler este texto, podem ter certeza que tivemos a melhor infância do mundo.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

OVNIs na Antigüidade





Os povos antigos como os Maias, os Incas, os Aztecas e os Egípcios estavam tão avançados para as suas épocas em termos de conhecimentos em campos tão vastos como a Astronomia, a Astrologia, as Ciências, o Artesanato, a Mecânica, etc. Existem estatuetas e gravuras antigas feitas pelos Aztecas que representam “Deuses vindos do espaço” que os vinham instruir. Há muito mistério nestas civilizações antigas, e um ainda maior, para o qual a Ciência apenas apresenta teorias e suposições: como é que elas desapareceram?

De fato existem muitos indícios da existência de vida no universo para além de nós: foram registadas milhares de observações de ovnis, quer por pessoas comuns quer por pessoas com cargos importantes (militares, pilotos, marinheiros), existem alguns vídeos amadores dessas observações, muitas fotografias e os crop circles.

E sendo o Universo tão vasto, é muito egocêntrico da nossa parte pensarmos que somos os únicos a habitá-lo. Mesmo no Sistema Solar, existem elevadas probabilidades de ter existido vida em Marte, inteligente ou não; também na nossa Lua foi encontrada água gelada na sua face oculta, e para existir água teve que existir oxigénio, um suporte para a vida. Se tão perto de nós existem tantos indícios de vida extraterrestre, imagine-se noutros planetas a milhões de anos-
luz. No Templo Maia das Inscrições, em Palenque, no mesmo lugar em que existe a enorme lousa sepulcral de pedra retratando um ser pilotando uma máquina voadora, foi encontrada a estranha múmia de um "homem-deus", Um "sacerdote do deus Kukulkan" (divindade também conhecido pelos Aztecas como Quetzalcoatl), sua cabeça era ornada com um misterioso diadema. Junto a essa múmia foram encontrados 41 discos dotados de diferentes formas e dimensões. Um morcego de jade estava encaixado na sua caixa craniana. Nas orelhas, mais placas de jade contendo inscrições hieroglíficas desconhecidas. E também as mechas de cabelo daquela criatura estavam envoltas em belíssimas contas de jade. Ao pescoço, um colar contendo mais 118 contas de esmeraldas, através de nove fios concêntricos. Em cada antebraço um bracelete com outras 200 contas, e em cada dedo um anel, tudo também de jade. Nos pés várias pérolas e um pequeno ídolo representando o deus-sol! Desnecessário dizer que, dado ao seu caráter insólito e portanto contrário aos tratados convencionais de História, essa múmia "desapareceu"! E isso é apenas mais uma prova de que criaturas estranhas, de origens desconhecidas, estiveram de fato presentes nas civilizações mesoamericanas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Aeronaves da antiguidade.




Se o homem tivesse se convencido de que voar é com os pássaros, sequer teria sonhado em ser ele mesmo um pássaro, enquanto homem. Felizmente esse não foi o caso. De tanto sonhar, conseguiu voar, muito além do que imaginou ! Vem de muito longe, no tempo, esse sonho de voar. Quando o sonho se tornou realidade? Não sabemos ao certo, embora sonho e realidade se confundem na história do homem-pássaro. Modernamente se credita o primeiro vôo de um objeto mais pesado que o ar ao nosso Alberto Santos Dumont. Será que isso foi realmente assim ? Existem muitos relatos e registros de máquinas voadoras em diferentes culturas na antiguidade. Encontramos referências entre os indianos, chineses, tibetanos, incas, sumérios, egípcios, judeus e muitas outras culturas. Algumas representações e descrições são por demais realistas para que pensemos serem obra da imaginação muito fértil dos relatores e artistas de então.
Entre os Incas da América do Sul, foram encontrados objetos confeccionados em ouro que a princípio pareciam figuras zoomórficas. Entretanto, numa análise mais cuidadosa, poderíamos perguntar: que tipo de animais são estes? Existiria algum pássaro com a cauda levantada na vertical ? Em verdade, esses artefatos muito se assemelham às aeronaves modernas; seja na disposição das asas, no formato vertical da cauda, no desenho de inconfundível aerodinâmica e até no que parece ser a cabine de um só piloto. Não é razoável, portanto, supor que esses sejam pássaros estilizados.
O conhecimento dos Incas é admirável. Construtores de pirâmides sofisticadas que bem mostra o quanto conheciam de geometria, com sofisticados sistemas de medidas, arquitetura e engenharia. Tinham conhecimentos de astronomia e entendiam os movimentos da Terra em relação ao Sol, o que permitiu que elaborassem um calendário bem preciso que muito os ajudava na agricultura. Por tudo isso, podemos deduzir que eram um povo por demais prático e que, ao que parece, não eram afeitos a eventuais perda de tempo. Os Incas, portanto, sabiam muito bem o que estavam fazendo, ao esculpirem figuras que mais se assemelham a objetos voadores.
Quanto a esses objetos, ninguém sabe ao certo a data em que os Incas os confeccionaram, muito menos o que os inspirou. Não há indícios de que estejam relacionados com algum ritual ou culto religioso. O que se sabe, todavia, é que existem objetos que representam pássaros, fabricados pelo povo Inca, e que em nada se parecem com os objetos acima. Na verdade eles sabiam muito bem como modelar uma ave, como é visto em diversas paredes de suas pirâmides.
Constam em escritas de seu livro sagrado, passagens escritas pelo povo da antigo, nas quais referiam-se a "Deuses que vinham do céu em suas varruagens metálicas e brilhantes, trazer-nos conhecimento". É inegável a evidência de que os povos antigos são visitados por extraterrestres através dos séculos, e que, provavelmente 90% do conhecimento para chegarmos a nossas tecnologias atuais, foram passadas por eles, des de o Arado na idade antiga, até o que existe de mais moderno em nossa civilização.


Pode parecer loucura de minha parte, mas queiram ou não, a realidade é que não importa a época e nem o lugar, sempre teremos provas concretas que civilizações extraterrestres nos visitaram no passado, e continuarão nos visitando no futuro..

quinta-feira, 17 de julho de 2008

ORDEM MUNDIAL :x

Bom, como viram, postei só uma vez nesse blog e nunca mais. Agora pretendo dar uma certa atenção pra ele, começando por hoje.
Estava eu navegando pela internet numa árdua jorana de serviço, e me deparo com um livro Daniel Estulín chamado "The True History of Club Bilderberg" (A verdadeira história do Clube Bilderberg), onde ele afirma que "Por trás das instituições internacionais, de toda organização supranacional, de todo governo, oculto dos meios de comunicação, há um grupo de líderes políticos, financeiros e empresariais que governa o mundo"

Então como esses assuntos de Teoria da Conspiração, Alienígenas, Ordem Mundial, Velhas de cuecas, Saci Pererê, Abomineve Homem das Naves, e caralho a quatro, me interessam; resolvi obter informações sobre o livro, então eis que me deparo com um resumo do livro, pois nao foi lançado no Brasil :'(, curiosamente o resumo tem 42 páginas :O, como só li ele no serviço e trabalho demais :p, demorei cerca de 1 semana pra conseguir resumir ele mais ainda e postar aqui em apenas uma página :D, que difícil nao é? u.U. Bom mãos a obra.

O livro investiga o verdadeiro "governo mundial nas sombras" e seus passos para criar uma Nova Ordem planetária, com um mercado e um exército únicos.

Estulín é um canadense de origem russa, jornalista e especialista em comunicação internacionalmente reconhecido. Filho de um coronel da KGB (os serviços secretos da ex-União Soviética), há 13 anos Estulín encontrou entre os companheiros e filhos dos companheiros de seu pai colaboradores em sua tarefa de investigar as atividades secretas do Clube Bilderberg.

"Estas reuniões sempre acontecem em hotéis cinco estrelas e contam com a colaboração dos funcionários que trabalham neles, os quais - conhecedores de vários idiomas - apenas me contam o que ouvem", explicou Estulín, enquanto tomava seu café-da-manhã depois de uma viagem turbulenta.

Ganhador de três prêmios de pesquisa nos Estados Unidos e no Canadá, Estulín recebeu ameaças de morte e, em 1996, escapou de um atentado.

"Tive de mudar de casa várias vezes porque tenho mais de 200 mil páginas de documentos e não há mulher que agüente tanto papel em casa", desabafou.

No livro, o autor pretende "contar a parte da verdade de nosso presente e futuro próximo, que ninguém divulga".

O livro "documenta a história da subordinação da população aos governantes", acrescentou.

O leitor verá o "nascimento de um Estado Policial Global que ultrapassa o pior pesadelo de Orwell (autor de '1984'), com um governo invisível, onipotente, que controla o governo dos Estados Unidos, a União Européia, as Nações Unidas, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e qualquer outra instituição similar", explicou.

Segundo Estulín, o Clube Bildergerg, que se reúne todos os anos, é responsável "pelo terrorismo promovido pelos governos", pelo atual controle da população através da manipulação e do medo e, o mais surpreendente de tudo, pelos projetos futuros da Nova Ordem Mundial", o que o levou a concluir que estamos diante de "uma ditadura global".

O que o clube quer e consegue é controlar o livre arbítrio dos cidadãos, submetendo-os a um "estado contínuo de ansiedade interior".

"Uma técnica do clube repetidamente utilizada", explicou, "consiste em submeter a população e levar a sociedade a uma forte situação de insegurança, angústia e terror, de forma que as pessoas se sintam tão desesperadas que peçam uma solução aos gritos", acrescentou Estulín, que deu como exemplo as atuais campanhas contra o tabagismo.

Bilderberg é um clube criado em 1954 pelo príncipe Bernhard, da Holanda, que convocou a primeira reunião em maio daquele ano num hotel, Bilderberg, na cidade holandesa de Osterbeckl. O clube incluiu todos os presidentes dos Estados Unidos, os líderes da Otan e praticamente todas as grandes potências mundiais, explicou.

Segundo o autor, integram este seleto clube Henry Kissinger, George W. Bush, Tony Blair, Lionel Jospin, Romano Prodi, José Durão Barroso, Alan Greenspan, Donald Rumsfeld, Hilary Clinton, John Kerry, Bill Gates, George Soros, David Rockefeller, Rupert Murdoch, Javier Solanas e Rodrigo Rato... entre outros.

No livro, ele descreve como as reuniões são organizadas, sua estrutura, o funcionamento do Comitê dos 300 e do Comitê de Sábios (40 pessoas, os verdadeiros cérebros do clube).

O autor transcreve conversas de reuniões, reproduz reportagens e apresenta a lista dos participantes da última reunião.

Segundo ele, o clube participou até de conflitos armados, como a Guerra das Malvinas, "um conflito totalmente manufaturado entre uma 'nação agressora', a ditadura da Argentina, e um país 'amante da liberdade', a Grã-Bretanha, deu à Nova Ordem Mundial a oportunidade de mostrar seu impressionante arsenal e, assim advertir a qualquer nação das conseqüências de não se submeter totalmente".

"A submissão do governo argentino, seguida do caos político e econômico da nação, foi planejada pela 'Kissinger Associates', em associação com o lorde Carrington", segundo confirmaram as fontes de pesquisa do autor do livro, "no caso um dos principais agentes do M16 agora convertido em um cruzado anti Nova Ordem Mundial", explicou Estulin.

Pensem o que quizerem. EU acredito. Sim minhas idéias são paranóicas, e sim eu sou louco, e é claro que acredito em quase tudo que leio :x.